domingo, 25 de junho de 2017

Power Rangers + A Vigilante do Amanhã – resenhas


Por Davi Paiva.


ATENÇÃO: CONTÉM SPOILERS!!!

Ir aos cinemas para ver os filmes da DC ou da Marvel é legal (principalmente os da Marvel!), mas é mais legal ainda variar um pouco. E o que torna a experiência ainda mais bacana: os grandes estúdios fazem apostas nesses projetos e estão obtendo muito sucesso. Filmes como “Mad Max – A Estrada da Fúria”, “Truque de Mestre 2” e “Star Wars” foram os que vi na telona e confesso que não saí arrependido.

E foi com esse espírito aventureiro e animado que fui ver dois filmes que tinham tudo para me cativarem e, um mais que o outro, tiveram sucesso.

Começando por Power Rangers: de 2017, produzido nos EUA e dirigido pelo sul-africano Dean Israelite, o filme é baseado no grupo homônimo criado nos anos 90. Conta a história de cinco jovens problemáticos que adquirem joias poderosas e precisam se preparar para enfrentar uma vilã que ameaça destruir a cidade onde eles vivem.

Embora o filme não conte com um elenco de destaque, é nítido ver como a produção investiu esforços em torna-lo atrativo tanto pelas cenas de ação quanto pelo roteiro, que se alterna entre refletir o cotidiano de jovens com problemas (de familiares doentes a autismo) às piadas que os personagens fazem mencionando grandes franquias, como “Duro de Matar”, “Homem de Ferro” e “Transformers”. Sem contar as referências ao seriado clássico.


Deixa de ser hipócrita e admite que você teve um crush nessa garota!


O filme teve orçamento de US$ 105 milhões e receita de US$ 140 milhões. Embora os produtores tenham projetos para seis filmes, o faturamento pode influenciar em tais continuações...

***

Já o filme “A Vigilante do Amanhã” é baseado no mangá “Ghost in the Shell” e também é uma produção americana com bastante apoio e influência de patrocínio japonês. Conta a história de Major, uma agente cibernética combatendo o ciberterrorismo.

Diferente do filme de Israelite, Rupert Sanders, diretor de “A Vigilante do Amanhã”, contou com um nome de peso para o papel principal: Scarlet “Viúva Negra” Johansson encabeçou o projeto com uma excelente atuação (vide a cena final, onde ela tem que erguer a tampa do aranha-tanque. Somente uma atriz de corpo grande como ela poderia fazer aquela cena. Uma Gal Gadot da vida não passaria a mesma credibilidade...), ainda que a atriz e o estúdio tenham de encarar as acusações de whitewashing (o que é um erro a meu ver, pois o mundo cyberpunk é totalmente globalizado e o aspecto ocidental da atriz apenas serve para reforçar que ela não pertence àquele povo em todos os aspectos).


 Scarlet “Viúva Negra” Johansson manda muito bem no papel. Só não admite quem não quer...


O filme de US$ 110 milhões teve receita de US$ 168 milhões. Para alguns, um fracasso justificável tanto pela leva de filmes de super-heróis quanto pelo whitewashing. Uma pena. Embora a produção de Sanders não tenha nada engraçado, sua ação e debate sobre realidade mesclada ao mistério da origem da personagem conquistam o público.

***

Por que resolvi escrever sobre esses dois filmes: não só pela liberdade que tenho neste blog para falar de produções que eu gosto (ou não) como também para reconhecer quando uma obra possui qualidade independentemente da sua nota nos sites de crítica e/ou faturamento.

Obrigado a todos(as).

Nenhum comentário:

Postar um comentário