sábado, 2 de janeiro de 2016

Por que vale a pena gostar da Mulher-Maravilha?








Por Davi Paiva



Já começo este artigo com a seguinte afirmação: com as devidas proporções, a Mulher-Maravilha é para as meninas o que o Superman é para os meninos.
Criada em 1941 pelo psicólogo Dr. William Moulton Martson com sua primeira aparição na revista All Star Comics #8, a personagem mais famosa da DC Comics é um resultado do resgate da mitologia grega tão grande quanto o Superman ou Shazam/Capitão Marvel: nascida em Temiscira, a ilha das amazonas, Diana (nome romano da deusa da caça, Ártemis) recebeu a sabedoria de Atena, a velocidade de Hermes, a beleza de Afrodite, os talentos de caçadora de Ártemis, braceletes forjados por Hefesto, perícia em natação de Poseidon e adivinhem quem deu a ela a capacidade de voo e, na reformulação dos Novos 52, é o seu pai biológico? Sim. Zeus.



A Primeira HQ




Uma personagem tão bem construída não deixa de ser bem utilizada. Do seriado de 1975 a 1979 com a excelente Lynda Carter no papel principal, passando pelos desenhos animados Superamigos dos estúdios Hanna-Barbera (de 1973 a 1985), Liga da Justiça (de 2001 a 2004) e a continuação Liga da Justiça sem Limites (2004 a 2006), ambos da Warner Bros., e animações da DC como “Flash – Ponto de Ignição” onde uma versão alternativa dela lidera o seu povo em uma guerra contra o povo submarino comandado pelo Aquaman, a criação Dr. Martson se tornou nas palavras da autora do livro "A História Secreta da Mulher-Maravilha (ainda não lançado no Brasil)", Jill Lepore, “para criar um padrão entre as crianças e jovens de uma feminilidade forte, livre e corajosa; para combater a ideia de que as mulheres são inferiores aos homens, e para inspirar as meninas a terem autoconfiança e a se realizarem no esporte e nas ocupações e profissões monopolizadas por homens”, pois “a única esperança para a civilização é a maior liberdade, desenvolvimento e igualdade das mulheres em todos campos da atividade humana”. Segundo o próprio Dr. Martson, “a Mulher-Maravilha é a propaganda psicológica para o novo tipo de mulher que, creio eu, deve governar o mundo”.



Lynda Carter Nasceu para esse papel, não acham?



Se tudo isso ainda não lhe convenceu, o que mais é preciso: a excelência de Alex Ross na HQ O Espírito da Verdade, sua participação nas sagas envolvendo a Liga, a possibilidade de utilização da personagem em Injustice ou a premissa de vermos a super-heroína nas telonas em 2016 com interpretação de Gal Gadot?


O autor supremo fazendo a HQ suprema



Respeito as opiniões de todos desde que respeitem as minhas. E se você está lendo isso esperando algo do tipo “vale a pena gostar dela porque ela é gostosa”... pode parar por aqui. A Mulher Maravilha pode ser retratada como uma mulher de muitas curvas por muitos desenhistas, mas em 75 anos de criação, ela transcendeu parâmetros e críticas se tornando uma mulher forte sem deixar de ser feminina e decidida sem ser durona.



Qual casal você prefere?



Portanto, vale a pena gostar dela. E vale a pena continuar acompanhando as suas aventuras solo ou em grupo.


Obrigado a todos(as).


Nota: o Dr. Martson também é o criador do polígrafo, o detector de mentiras. O Laço da Verdade deve ter servido de inspiração...







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