sábado, 7 de novembro de 2020

Bill & Ted – Encare a Música



Por Davi Paiva 


 Vou ser franco: “Bill & Ted” é mais uma dessas franquias cinematográficas que eu sei que existe, mas que por algum motivo eu nunca parei para ver. É claro que depois de um tempo eu tiro o atraso por conta própria, tal qual eu fiz em 2016 vendo vários filmes clássicos de terror que eu nunca tinha visto (“Psicose”, “O Bebê de Rosemary”, “Psicopata Americano”, etc.) ou eu continuo procrastinando, tal qual faço com “Aventureiros do Bairro Proibido”, que não vi até hoje. 

 No entanto, recebi um convite do Laudelino, lá do site Anime Xis onde tenho a minha coluna mensal sobre Shogi, para assistir na sessão de imprensa ao terceiro filme da franquia estrelada por Keanu Reeves e Alex Winter que começou em 1989 e teve uma continuação em 1991. E a grande questão era: como ver um filme cujas partes anteriores eu nunca tinha visto? Não é algo como “Máquina Mortífera”, que só vi o filme 4 até hoje.

 Não foi fácil. O convite e a confirmação ocorreram no dia 28/10 e a sessão era às 10h30 do dia seguinte. E no meu atual emprego eu trabalho até às 20h (durante a última semana do mês. Geralmente, saio 1h antes) no centro da cidade e ainda demoro 2h para chegar em casa. Conclusão: tive que sair correndo depois do expediente, ir para casa, ver pelo menos o primeiro filme baixado por um amigo há muito tempo e dormir para acordar cedo no dia seguinte e ver o terceiro (do segundo, só sabia que eles conheciam a Morte).

 A cabine de imprensa aconteceu no Itaú Frei Caneca com todos os cuidados possíveis por conta da pandemia: todos se sentaram bem afastados e com uma fileira de distância e eu não só usei máscara o tempo todo como também limpei o meu assento com um pano e álcool. 

 Se você não viu a sinopse na internet ou não parou para ver o trailer, saiba que no novo filme, a dupla precisa lidar com o fato que ainda não criaram a música que uniria todos os povos. E com o universo entrando em colapso, eles têm a brilhante decisão de viajarem no tempo até o futuro onde já tenham criado a canção e roubarem a obra deles mesmos (o que no filme, é até discutido de forma divertida se de fato é um roubo).


Alex Winter e Keanu Reeves: agora tiozões, mas ainda atrapalhados e divertidos. 


 Para a sorte dos personagens, a dupla conta com a ajuda de suas filhas: Brigette Lundy-Paine interpreta Wilhelmina "Billie", filha de Ted, e Samara Weaving faz o papel de Theodora "Thea", filha de Bill. As duas atrizes estão espetaculares e vendem muito bem a ideia de que são descendentes da dupla mais pirada e roqueira de viajantes do tempo da cultura pop. 


As filhas de Bill e de Ted atuam pelas beiradas, mas não deixam de merecer atenção do público.


 O que achei da obra: se você assiste ao primeiro filme da franquia, pode até pensar que a atuação de Reeves é bem ruim por conta de ele ser jovem na época. No entanto, “Encare a Música” não só prova que aquilo eram apenas trejeitos do personagem como também que o famoso ator ainda sabe encarnar no papel muito bem. E não está sozinho. Os veteranos ainda estão em forma para atuar e os novatos agarraram a oportunidade com unhas e dentes. E o mais surpreendente é que o roteiro é tão divertido e bem ascendente que não se nota como o tempo passa rápido assistindo ao filme. 

 Outra coisa também muito marcante na obra é como ele aborda várias esferas sem se perder: fala de amor, de legado e de uma mensagem de união entre povos. Não por acaso, o filme já tem até um registro no Guiness por registrar o maior número de pessoas tocando guitarra imaginária (!!!). É, pessoal. Keanu Reeves tem o poder! 

 Na data em que este artigo for publicado, é estimado que o filme já tenha estreado. Se quiser ver no cinema, verifique quais cuidados a sua rede de cinema preferida está tomando contra a COVID-19 e não deixe de zelar pela sua saúde individualmente. Caso não possa assistir nas salas, aguarde o lançamento em streamings ou blu-ray. 

Recomendo!

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